Alvorada em festa!

Bairro comemora 34 anos de fundação junto a Festa do Dia das Crianças

Por Neusa Baptista

Graças à organização de toda a comunidade do bairro Alvorada, uma grande festa marcou a comemoração dos 34 anos do bairro e também o Dia da Criança. Juntos, a Associação de Moradores do Bairro Alvorada (AMBA) e voluntários de dentro e de fora do bairro organizaram e realizaram o evento.

Muito esforço e união garantiram o lanche para a criançada. Doces, balas, pipoca, picolés, e um bolo de dois metros. “Tudo isso fruto de doações de empresas parceiras. Sem a colaboração de todos, está grande festa não poderia acontecer”, comentou o presidente da AMBA, Wanderlei Alves, conhecido como Derlei.

A organização do palco e a música também foi feita graças a uma parceria com a Central Única das Favelas (CUFA-MT). Pelo palco, passaram a banda cuiabana Macaco Bong, que está fazendo o maior sucesso no cenário nacional.

Também a banda Linha Dura, que tem como vocalista o rapper Paulo Linha Dura, morador do bairro Alvorada, o grupo de pagode Doce Magia e o de reggae Sistema Cerrado.

As crianças estavam animadas! Elas participaram de brincadeiras junto com policiais Civis e Militares, e se soltaram no pula pula. Também teve futebol com os meninos do time do bairro contra os meninos do Três Barras. E apresentação de capoeira com o grupo Nagô, do bairro Areão.

A festa estava programada para acontecer no dia 11 de outubro, mas a chuva atrapalhou e ela teve que ser adiada para o dia 18 de outubro. Mesmo assim, no primeiro dia programado, os times de Basquete de Rua convidados pela CUFA-MT deram um show de talento, e animaram a garotada do Alvorada.

Que festa!

Gostamos do Alvorada porque é perto do centro e de tudo o que a gente ocupa mais. Os vizinhos são amigos, são parceiros. Aqui também se comemora todas as datas importantes, isso é legal” (as amigas Isabele da Silva, de 13 anos, Júlia Martins e Taís Proença, de 13 anos e Karina Rayanne, de 11 anos)

Eu amo o Alvorada. É um dos lugares mais tranqüilos para se morar e os vizinhos são legais”. (Cláudia Silva, 35 anos, natural do Estado de Goiás)

Nasci no Alvorada. Gosto destas atividades esportivas [promovidas pela Associação de Moradores], que incentivam as crianças. Teria que ter o ano todo, meu filho está doido para jogar futebol também”. (Fernanda Rodrigues, 26 anos)

Veja todas as fotos AQUI e AQUI

Alvorada tem história!

Parte 1 – A ocupação do Alvorada
Textos e Fotos Por Neusa Baptista

Dona Maria, uma das pessoas que ajudou a construir o Bairro Alvorada

Quem chega hoje no bairro Alvorada não imagina a luta necessária para que ele existisse e continuasse firme e forte, e hoje é considerado um dos maiores bairros de Cuiabá. Mas muitos resistiram, e construíram aos poucos o bairro.

Quer saber como tudo começou?

O bairro é resultado de uma ocupação, que é o que acontece quando um grupo de pessoas que não tem onde morar toma um pedaço de terra que está desocupado e sem uso. Ali eles constroem suas casas e sonhos.

Assim foi a história do Alvorada, que vamos conhecer com mais detalhes aqui no Jornal Dialeto. Vamos fazer isso conversando com seus moradores, aos poucos revelando esta bela história de luta.

Vamos saber um pouco mais sobre esta ocupação?

Seu Almerindo, 67 anos

No início da história, nos anos 60, pessoas vindas de várias partes da cidade e do Estado ocuparam a área que ficava ao lado de onde hoje se localiza a Rodoviária. Outra parte destas pessoas ocupou o lado oposto, lugar que hoje abriga o bairro Alvorada. Naquela época, não havia a estrada da Chapada, água encanada, esgoto, somente um grande lixão. Os dois lados passaram a ser chamados de Quarta Feira de Cima e Quarta feira de Baixo.

Dona Maria, Dona Ana (também conhecida como Mãe Preta) e Dona Tertuliana são algumas das lideranças daquele tempo. E entre os moradores mais antigos estão Seu Cipriano Sabino da Rosa, de 75 anos, e Almerindo Ferreira, de 67.

Seu Cipriano Sabino, 75 anos

Foi preciso muita luta para garantir a terra, não perder as casas. Tanto que os moradores do Quarta Feira de Cima foram retirados e instalados onde hoje fica o Pedregal. Logo em seguida, parte dos moradores do Quarta-feira de Baixo, da rua da Manga, também foi despejada, e mandada para onde hoje é o bairro Planalto.

Dois empresários, Avelino Taques e Clóvis Pompeu, diziam que eram donos das terras. Chegaram a cercar. Carros de Polícia chegavam com violência, retirando os moradores”, diz José de Arruda Souza, o Zezinho, filho da falecida Tertuliana.

Seu Zezinho, filho da Dona Tertuliana, uma das que ajudaram a fundar o Alvorada

Mas e ai? O que aconteceu?

Saiba mais sobre esta história na próxima Edição do jornal Dialeto…

Qual a maior necessidade do Bairro?

Moradores elegem as principais necessidades do Alvorada

Por Fernanda Quevedo
Fotos de Neusa Baptista

Wilza Santo entrevistando no Aniversário do Bairro

A olho nu, Alvorada é um lugar bacana para se viver. Possuí escolas e hospital públicos, uma associação de moradores ativa, espaço público para recreação, uma feirinha livre, é próximo ao centro da cidade, onde muitos moradores trabalham, e mais um monte de outras coisas legais. Mas será que o povo alvoradense está contente com tudo isso? O Jornal Dialeto foi às ruas saber o que o povo pensa.

È válido lembrar que esta pesquisa não tem valor científico (o que não quer dizer que  não seja verdade), e foi feita no dia 18 de Outubro, onde foram coletados depoimentos de entrevistas 48 pessoas.

Veja no que deu:
A maior necessidade do Alvorada, segundo 70% do entrevistados é uma CRECHE!

+ A votação continua até a próxima edição aqui no Blog!

O Alvorada tem talentos, um deles é o Jogador de Futebol João Paulo

Alvoradense de nove anos sonha em ser jogador de futebol, e é apoiado por sua família

Texto e fotos Por Wilza Santos

João Paulo no quintal da casa de sua vó

Sorridente, dedicado, alegre. Este é o João Paulo Ferreira Campos, de apenas nove anos, morador do Bairro Alvorada desde que nasceu e já pode ser considerado um talento do bairro. Ele sonha em ser jogador de futebol, e a sua família não mede esforços para ajudar o pequeno. Seu pai Adevir Sebastião Campos e a sua avó Dona Maria da Silva Monteiro, já matricularam João em três escolinhas de futebol, e em uma delas, foi visto por um “olheiro”, que o convidou para jogar no time cuiabano Uirapuru.

João Paulo e seus amigos no aniversário do Bairro Alvorada

João Paulo treina todas as quartas, quintas e sextas-feiras para realizar o sonho de ser jogador de futebol. Além disso, o animado João, adora estudar, e ouvir música sertaneja nas horas livres. Seu pai Adevair conta que, para que o filho realizar seu sonho não mede esforços, pois jogar futebol faz muito bem para seu filho. João Paulo manda um recado para a moçada que tem algum sonho: “Espere, tenha paciência e segure a oportunidade aparecer!”.

Por falar nisso… Organização comunitária e educação por meio do Esporte

CUFA oferece oficinas esportivas, gratuitamente na quadra do Alvorada e o Programa PELC ainda possui algumas inscrições

Por Fernanda Quevedo

A CUFACentral Única das Favelas oferece oficinas de esporte gratuitamente na quadra do Alvorada. Por meio do Programa Esporte e lazer na Cidade, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso e o Ministério dos Esportes, as aulas acontecerão todos os dias da semana.

O Objetivo é proporcionar um espaço de lazer e educação por meio do esporte para a comunidade do bairro Alvorada, já que as aulas são para as pessoas de todas as idades, a partir de 7 anos. Além disso, as aulas contam com um espaço de formação pedagógica, o que permite ainda mais espaço para organização comunitária.

As inscrições ainda estão abertas e podem ser feitas pelo telefone 3023-8192, ou ainda pelo site da CUFA: http://www.cufa.org.br/matogrosso. Confira os dias e os horários das aulas:

Basquete, Vôlei, Futebol e Handebol: Todas as segundas, quartas e sextas feiras das 14 às 17 horas.

Aulas de Ginástica Aeróbica: Todas as terças e quinta-feira das 16 às 17 horas.

Córrego Quarta-feira

O que aconteceu com ele?

Por Neusa Baptista

Fotos do Córrego por Adrielen Pereira

Antigamente, o córrego Quarta-feira era limpo. Há muitos anos, até a década de 70, as mulheres do bairro Quarta feira (que hoje é bairro Alvorada) iam lá lavar suas roupas e vasilhames de cozinha. Ficava tudo brilhando! O córrego faz parte da vida dos moradores e foi ele que deu nome ao bairro e era nele que (há muito tempo!) as crianças tomavam banho. Aos poucos, o derramamento de esgoto no córrego deixou tudo sujo e com mau cheiro. Quase matou o córrego!

Além do córrego, o bairro Alvorada tem várias nascentes e recebe esgoto vindo de órgãos importantes como o Palácio Paiaguás (sede do Governo do Estado), de prédios localizados na região e até do hospital Júlio Muller. O Quarta-feira é apenas um dos 24 córregos de Cuiabá. Cada um deles tem cinco ou seis nascentes de rios importantes do Estado. Estes rios alimentam patrimônios da humanidade, como o Pantanal. Mas a maioria dos córregos está poluída.

No córrego Quarta-feira há três nascentes. Duas delas ainda podem ser recuperadas, se houver investimento e educação. E se houver luta. Pois a maioria do esgoto jogado nos córregos não vem das residências e sim dos grandes edifícios instalados na região. A pesquisadora Silvana Dias, que trabalha para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, diz: “Para cada nascente que morre, diminui 10% da umidade do Pantanal”. Silvana está fazendo um levantamento sobre os córregos de Cuiabá para um projeto de recuperação prometido pela Prefeitura de Cuiabá.

O que você pode fazer para que o córrego Quarta-feira também volte a ter água limpa?


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